Selic permanece em 13,75% ao ano pela 5ª vez consecutiva, decide o Copom
Copom mantém a Selic em 13,75% ao ano
Na última quarta-feira (22), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou que decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. A decisão foi tomada após a segunda reunião do colegiado em 2023 e está em linha com as expectativas do mercado.
A Selic está em seu patamar atual desde agosto de 2022, quando o Copom encerrou um ciclo de 12 altas consecutivas iniciado em março de 2021. A manutenção da taxa confirma a previsão do mercado, que não esperava o início do corte da Selic neste momento.
No comunicado sobre a decisão, o comitê enfatizou as grandes mudanças no cenário econômico ocorridas desde a última reunião, como a crise bancária. “Os episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento”, afirmou o colegiado.
Além disso, o Copom destacou que a decisão de manter a Selic em 13,75% está ligada a uma política monetária de controle à inflação. “O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024”, acrescentou.
Críticas da Casa Civil
Na manhã de quarta-feira (22), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, voltou a criticar o BC, acompanhando a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto. Ele chamou a taxa básica de “exorbitante” e citou a postura “irredutível” da autoridade monetária.
“Não é explicável essa posição do Banco Central de ficar irredutível a uma taxa tão exorbitante de juros”, afirmou o ministro a jornalistas. Ele também disse não acreditar que o mundo inteiro esteja incorreto, exceto o Banco Central brasileiro.
Especialistas apontam que a manutenção da Selic em 13,75% ao ano foi uma medida acertada do Copom, pois a inflação ainda está acima da meta definida pelo governo para este ano, que é de 3,25%. Além disso, a economia brasileira ainda enfrenta incertezas e desafios, principalmente relacionados ao ambiente internacional.
Por outro lado, a taxa de juros elevada pode gerar impactos negativos na economia, especialmente no setor produtivo e no consumo das famílias. Portanto, é importante que o BC siga monitorando a evolução da inflação e dos demais indicadores econômicos e tome decisões equilibradas para garantir a estabilidade financeira do país.
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