Montadoras buscam incentivos para baixar preços dos carros populares
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A indústria automotiva brasileira está em busca de meios para ressuscitar a onda do carro popular, que foi o motor do crescimento das vendas do setor no país. Com a alta crescente dos preços dos automóveis e a queda nas vendas dos carros novos, as montadoras buscam formas para oferecer preços mais acessíveis para os consumidores.
Os fabricantes de automóveis estão buscando acordo com o Governo Federal para oferecer incentivos. Os ministros Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, e Fernando Haddad, da Fazenda, realizaram uma reunião recente com o tema “indústria automotiva”, com o intuito de discutir os meios de incentivar o setor.
A iniciativa tem como objetivo criar um programa para reduzir o preço final para o consumidor em pelo menos dez mil reais, tornando possível que carros novos sejam encontrados em ofertas com valores iniciais entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. Este movimento foi motivado especialmente pela pandemia, que tem dificultado a produção de veículos.
No entanto, para que a queda no preço dos veículos se torne uma realidade, as montadoras esperam que o governo implante uma redução da carga tributária para carros de entrada. Por outro lado, as fabricantes voltariam com a produção de veículos movidos a etanol.
Em 2021, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o preço médio de um carro 0km no Brasil chegou a R$94,5 mil. Esses valores são muito altos para grande parte da população, principalmente em tempos de crise econômica e de aumento do desemprego.
Este aumento de valores, no entanto, não é único no setor automotivo. As montadoras têm enfrentado uma crise de falta de peças que se tornou cada vez mais grave com a pandemia. Isso tem levado ao aumento de preços de produtos como o etanol, que é utilizado como combustível para os veículos flexfuel.
Na tentativa de baratear o valor final do veículo, alguns itens não obrigatórios podem ser retirados, como os relacionados à navegação e conectividade do automóvel. Desta forma, é possível reduzir o preço de carros populares em cerca de dez mil reais, tornando-os mais acessíveis para os consumidores.
Embora as montadoras estejam se esforçando para reduzir o preço dos carros populares, a redução pode ter um efeito limitado, especialmente com os altos juros e a dificuldade na oferta de crédito. Em 2022, por exemplo, o percentual de carros novos vendidos com financiamento ficou abaixo dos 40%.
Esta queda no percentual de financiamentos é uma grande preocupação para o setor automotivo. Há dez anos, esse número chegava a 70%. Isso mostra como o acesso ao crédito é essencial para a venda de carros novos no Brasil.
Os fabricantes de carros também estão enfrentando um novo concorrente no mercado brasileiro: os carros elétricos. Embora ainda não sejam uma realidade em massa no país, o governo tem adotado medidas para incentivar a produção e a venda de carros elétricos.
No entanto, apesar dos incentivos, ainda há poucas opções de carros elétricos disponíveis no mercado brasileiro e eles são muito caros em comparação aos carros a combustão. Ainda assim, a produção de carros elétricos no Brasil pode ser uma solução para a crise automotiva no país.
Em resumo, a redução do preço dos carros populares é uma tentativa de resgatar o movimento que foi o motor do crescimento das vendas de automóveis no Brasil, mas essa redução pode ter um efeito limitado sem a oferta de crédito facilitado. O governo está buscando criar incentivos para apoiar as montadoras e reduzir os impostos para os carros de entrada, visando assim torná-los mais acessíveis para a população.
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