Decisão importante amanhã (24) afetará aposentados do INSS.

Aposentados e pensionistas que dependem do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) podem ter uma notícia interessante no final desta semana. O governo federal irá anunciar uma decisão relativa à taxa de juros que é praticada pelos bancos que oferecem crédito consignado com desconto em folha de pagamento.

Atualmente, a taxa máxima cobrada pelos bancos é de 1,70% ao mês. No entanto, na semana passada, o CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social) reduziu o teto da taxa de empréstimo consignado do INSS de 2,14% para 1,70%. Com isso, os bancos se sentiram prejudicados e suspenderam a concessão da modalidade de crédito. Inclusive, bancos públicos como a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil também suspenderam suas linhas de crédito consignado.

Presidente da Febraban

De acordo com o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Sidney Oliveira, a taxa fixada pelo CNPS não atende às necessidades dos bancos. Portanto, tanto os bancos públicos como os bancos privados, suspenderam a concessão de empréstimos consignados, pois não conseguem suportar a taxa de 1,70%.

Disputa interna no governo

A decisão de reduzir a taxa de juros foi tomada por Carlos Lupi, ministro da Previdência, sem o consentimento da equipe de economia do governo e antes de um acordo com o setor bancário. Essa atitude gerou conflito entre os diferentes setores do governo, especialmente com a pasta da Casa Civil.

Nova reunião para consenso

Para evitar que os aposentados e pensionistas sejam prejudicados, um novo encontro foi organizado pelos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, do Trabalho e da Previdência. O objetivo é encontrar um meio-termo que evite que o produto continue suspenso.

Nova taxa de juros

Segundo Sidney Oliveira, a nova taxa limite será anunciada nesta sexta-feira, dia 24, em reunião que contará com a participação dos bancos. O ministro Rui Costa afirmou que, em conjunto com os outros ministérios, irá buscar uma redução da taxa de juros ouvindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.

Ao ser perguntado se a nova taxa poderia chegar a 2%, Rui Costa respondeu: “um pouco menos que isso”. Portanto, espera-se que o número apresentado pelos ministérios seja inferior a 2,14%, que era o teto praticado pelos bancos antes da decisão do CNPS.

Conclusão

A decisão do governo federal de reduzir o teto da taxa de juros do empréstimo consignado do INSS gerou conflito entre as instituições financeiras e as diferentes áreas do governo. No entanto, é esperado que uma nova taxa seja elaborada em conjunto com os ministérios da Casa Civil, Fazenda, Trabalho e Previdência, e que ela seja mais próxima ao teto anteriormente praticado pelos bancos.