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Aposentados podem ser prejudicados por possíveis mudanças no consignado do INSS.

Governo e bancos não chegam a um acordo sobre a taxa de juros do crédito consignado do INSS.

Uma nova reunião entre os ministros do Governo Lula para discutir a taxa de juros dos empréstimos consignados do INSS ocorreu nesta segunda-feira (27), mas acabou, mais uma vez, sem um acordo entre as partes envolvidas. De um lado, está o Ministro da Previdência, Carlos Lupi, que reduziu o teto para a taxa de juros do crédito consignado para 1,7%. Do outro, os bancos, que se recusam a aceitar uma taxa menor do que de 2%. O Ministério da Fazenda é o mediador do debate e está tentando encontrar um meio termo para chegar a um denominador comum.

Uma proposta do Sindicato Nacional dos Aposentados, que é ligado à Força Sindical, foi apresentada na tarde de ontem (27), sugerindo uma taxa de 1,9%. No entanto, os bancos, sejam eles públicos ou privados, se mantêm firmes contra um número abaixo de 2%.

A Febraban afirma que a redução da taxa de juros imposta pelo governo levará a uma diminuição no número de concessões de crédito por parte dos bancos. Isso ocorrerá porque as instituições ficarão mais seletivas e escolherão os beneficiários do INSS que terão direito ao crédito.

No dia 13 de março, o conselho da Previdência aprovou a redução da taxa de juros de 2,14% para 1,70% ao mês, representando uma diminuição de 0,44 ponto percentual nos juros. No entanto, o novo valor foi considerado inviável pelas instituições financeiras, que acabaram suspendendo a modalidade de crédito. Com isso, um clima de mal-estar foi criado entre o Ministro da Fazenda, Haddad, e o Ministro da Previdência, Lupi.

O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) se reunirá novamente hoje (28), na tentativa de continuar com as negociações pela manhã. Após o consenso, a decisão será levada ao Presidente Lula, com o anúncio final devendo ocorrer subsequentemente.

As instituições financeiras oferecem o crédito consignado aos aposentados e pensionistas do INSS, uma das modalidades mais baratas para se obter dinheiro. O pagamento é descontado diretamente do salário ou do benefício do INSS, garantindo uma segurança maior para as instituições conseguirem seus recebimentos. O crédito consignado teve um crescimento de quase 40% em 2020, o que mostra a relevância desse produto para o setor financeiro e para a população que precisa de crédito.

A redução da taxa de juros do crédito consignado é uma medida esperada pelos beneficiários do INSS, que sofrem com altas taxas em outras modalidades de crédito. No entanto, é importante lembrar que a diminuição da taxa de juros deve ser balanceada para que todas as partes envolvidas sejam beneficiadas. Com uma taxa de juros menor, mais pessoas terão acesso ao crédito. Além disso, a medida é positiva para o desenvolvimento do mercado financeiro brasileiro, à medida que incentiva a competição entre as instituições financeiras e, consequentemente, a queda dos juros.

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