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Brasil possui a segunda maior taxa de juros do mundo. Alguma surpresa?

O Brasil continua liderando o ranking global de juros reais, apesar da taxa básica de juros, a Selic, não ter subido desde junho do ano passado. De acordo com o levantamento realizado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management, o país está com a maior taxa de juros reais do mundo, colocando-o à frente do México, Chile, Filipinas e Indonésia.

O cenário se formou a partir da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa de juros inalterada, ou seja, em 13,75%. Ao se descontar a inflação esperada para os próximos 12 meses, de 5,56%, os juros reais ficam no patamar de 6,94%. Assim, a taxa de juros real brasileira abate a inflação prevista para os próximos 12 meses como uma forma de fazer uma comparação mais realística com as taxas de outros países.

Porém, se considerarmos os juros nominais, ou seja, sem o desconto da inflação, o Brasil ficou na segunda posição, atrás da Argentina. No país vizinho, a taxa é de 78%, mas a hiperinflação derruba a taxa real.

Ainda de acordo com o levantamento, a Hungria ocupa a terceira posição com uma taxa de juros nominais de 13%, seguida pela Colômbia com 12,75% e pelo Chile com 11,25%.

Já no topo do ranking dos juros reais, o Brasil é seguido pelo México, com uma taxa de juros reais de 6,36%, o Chile com 6,23%, as Filipinas com 4,61% e a Indonésia com 4,19%.

Embora a alta taxa de juros possa parecer benéfica à primeira vista, ela pode gerar problemas significativos para a economia brasileira. Isso porque, quando a taxa de juros é alta, os empréstimos são mais caros e, consequentemente, o consumo tende a cair, o que afeta o desempenho econômico do país.

Além disso, a alta taxa de juros também pode desestimular o investimento estrangeiro no Brasil, já que os investidores podem optar por colocar seu dinheiro em países com taxas de juros mais baixas.

Vale lembrar que a taxa de juros brasileira é influenciada por vários fatores, como a inflação, o crescimento econômico, o desempenho fiscal do país, a taxa de câmbio, entre outros.

Para reduzir a taxa de juros, é necessário investir em políticas macroeconômicas que reduzam a inflação e estimulem o crescimento econômico. É preciso ainda um esforço para promover políticas fiscais responsáveis que preservem a estabilidade macroeconômica e a credibilidade do país.

Embora a queda na taxa de juros não seja uma solução fácil, é necessário para garantir que o Brasil se mantenha competitivo no mercado global e ofereça um ambiente favorável para o investimento estrangeiro e o crescimento econômico interno.

Em resumo, a alta taxa de juros no Brasil pode parecer positiva à primeira vista, mas, na realidade, pode gerar problemas significativos para a economia do país. É necessário investir em políticas macroeconômicas responsáveis que estimulem o crescimento econômico e reduzam a inflação para que o Brasil possa se manter competitivo no mercado global.

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