Dois bancos abandonam oferta de empréstimo consignado para aposentados do INSS.
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O empréstimo consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma opção amplamente utilizada por aposentados e pensionistas que necessitam de dinheiro para cobrir despesas imprevistas ou investir em projetos pessoais. Esse credor é pago por meio de um desconto automático feito na folha de pagamento. Para tornar essa opção ainda mais vantajosa, as taxas de juros para o empréstimo consignado são baixas. No entanto, na semana passada, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduziu ainda mais a taxa máxima de juros, o que gerou uma reação das instituições financeiras.
Os bancos alegam que a redução não irá cobrir os valores destinados para o funcionamento do empréstimo do INSS. Com isso, várias empresas como Bradesco e Santander interromperam a liberação do crédito para os beneficiários. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal também suspenderam o serviço. A reação das instituições foi alvo de críticas do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), autor da medida realizada sem a consulta ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele falou sobre “extorsão e chantagem contra aposentados” e ainda afirmou que o governo deveria seguir em frente, sem levar em consideração os interesses dos bancos ou do mercado financeiro.
A prestação do empréstimo consignado é descontada diretamente da renda mensal do beneficiário, o que torna o recurso uma opção mais segura e acessível do que outros tipos de empréstimos. Infelizmente, com a redução no teto de juros, os clientes – em especial, os negativados – serão os mais prejudicados, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Durante entrevista ao portal InfoMoney, a federação esclareceu que a introdução de novos limites pode aumentar significativamente o risco de diminuição na disponibilidade de crédito consignado. Como resultado, aqueles que dependem de opções de crédito acessíveis podem ser forçados a recorrer a produtos com taxas mais altas que não exigem garantias, especialmente considerando que uma parcela expressiva dessas pessoas já tem histórico de inadimplência.
As alterações foram aprovadas no dia 13 deste mês, mas parece que serão revertidas, já que o governo decidiu aumentar as taxas novamente durante uma reunião realizada na noite da última segunda-feira (20). Essa medida foi um alívio para os bancos, que afirmam que o consignado já é uma das taxas mais baixas do mercado. De acordo com a Febraban, as taxas não poderiam ser reduzidas ainda mais sem gerar prejuízos para as instituições financeiras.
Embora os bancos tenham suas razões para suspender a liberação do crédito consignado, a medida prejudica os aposentados e pensionistas, que contam com esse recurso para diversas finalidades, como a realização de procedimentos médicos ou o pagamento de dívidas. Para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade financeira, a opção consignada é ainda mais importante, já que outras opções de empréstimos muitas vezes resultam em taxas de juros muito altas e menos seguras.
Com a possibilidade de que as taxas sejam novamente elevadas, a expectativa é que as instituições financeiras voltem a oferecer o empréstimo consignado para os beneficiários do INSS em breve, o que pode garantir uma tranquilidade financeira para muitas famílias brasileiras. Afinal, a segurança financeira é essencial para que as pessoas possam viver de forma digna e com a qualidade de vida necessária.
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