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Em março, o preço da picanha fica mais acessível.

Os brasileiros tiveram uma notícia positiva em relação à carne bovina em março. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), a picanha, corte nobre e muito apreciado no churrasco, ficou mais barata em 12 das 17 capitais avaliadas. O preço das carnes bovinas de primeira qualidade, como o filé mignon, também registrou queda no período.

Os dados divulgados pelo PNCBA revelam que as maiores reduções no preço da carne bovina ocorreram em Goiânia (-3,29%) e Brasília (-2,38%). O motivo da queda pode ser atribuído à suspensão das exportações de proteína bovina para a China, após o Ministério da Agricultura confirmar um caso de “mal da vaca louca” no Pará.

Essa medida de suspensão afetou diretamente o mercado interno, que acabou tendo um maior abastecimento de carne, fator que contribuiu para a queda no preço da picanha e de outros cortes nobres de carne bovina.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a situação dos preços no mês de março foi diferente em relação ao feijão e ao pão francês, que tiveram alta.

O feijão tipo carioca registrou aumento em todas as cidades participantes da pesquisa, com destaque negativo para Campo Grande (9,6%). Já o feijão tipo preto teve um aumento discreto em boa parte dos municípios analisados, com exceção de Porto Alegre, que apresentou o maior aumento nos preços do produto, com um registro de 1,883%.

A possível razão para o aumento do preço do feijão preto é a redução da oferta durante a entressafra. Já o aumento do preço do feijão carioquinha é atribuído às chuvas, que reduziram a produtividade das lavouras e a qualidade do produto.

O pão francês também ficou mais caro em 13 das 17 capitais do país, tendo um aumento de 2,79% em Natal e 1,50% em Aracaju como os destaques negativos. Essa alta se deu por conta do aumento nos preços da farinha, que é um dos ingredientes utilizados na fabricação do pão.

A pesquisa também mostrou um recuo no preço da cesta básica em 13 das 17 capitais avaliadas. A maior redução foi verificada em Recife, onde o pacote de alimentos básicos foi vendido a uma média de R$ 578,73 (-4,65%).

Por outro lado, São Paulo, como de costume, registrou aumento no preço da cesta básica, que custou em média R$ 782,23 em março, representando uma alta de 0,37% em relação a fevereiro. Com base no salário mínimo de R$ 1.302, um paulista gasta 64,95% do piso nacional para comprar todos os itens necessários da cesta básica.

Por fim, é importante observar que o preço dos alimentos no Brasil pode variar de acordo com diversos fatores, tais como clima, sazonalidade e impactos de acordos comerciais. A PNCBA é uma pesquisa importante para se manter informado e tomar decisões financeiras mais assertivas.

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