Está em pauta a possibilidade de Parcelamento via Pix: Governo e BC debatem o tema
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Parcelamento de compras via Pix pode ser a próxima inovação do sistema de pagamentos
O volume financeiro movimentado por meio do Pix, sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central (BC) em 2020, chegou a 1,1 trilhão de reais em janeiro deste ano. Agora, o sistema pode ganhar mais uma funcionalidade importante: a possibilidade de parcelamento de compras feitas com débito usando o Pix. A confirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que disse já estar conversando com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre o assunto.
“Falava ontem com Roberto Campos Neto sobre o parcelamento de débito pelo Pix que pode ser uma grande inovação do nosso sistema bancário, você parcelar usando essa ferramenta e melhorando as condições de competitividade, de crédito no país”, disse o ministro.
Ainda não há uma data prevista para a implementação da novidade, mas o Banco Central já estuda incluir a possibilidade de parcelamento no leque de opções do Pix.
Desde seu lançamento, o sistema de pagamentos já incorporou uma série de inovações, como o Pix Saque e o Pix Troco. Ambos os serviços permitem a realização de saques em estabelecimentos comerciais, mas no segundo caso ele deve estar associado à compra de um produto ou serviço.
Segundo o BC, também há estudos para permitir a realização de Pix em transações internacionais e pagamentos por aproximação via Pix.
O parcelamento via Pix pode melhorar as condições de crédito e trazer mais competitividade ao país. A possibilidade de parcelar compras feitas com débito pode ser uma vantagem para consumidores que preferem evitar as altas taxas de juros dos cartões de crédito. Além disso, pode abrir oportunidades para pequenos empresários, que muitas vezes não têm acesso a crédito ou têm condições desfavoráveis no mercado financeiro.
Outros países já contam com sistemas de pagamento com funcionalidades de parcelamento. Na China, por exemplo, o Alipay permite a divisão de compras em até 12 parcelas. No Japão, o PayPay parcela em até 36 vezes, e na Coreia do Sul, o pago em 12 vezes é comum.
A implementação do parcelamento via Pix também pode incentivar a popularização de modalidades de pagamento que não utilizem dinheiro em espécie, trazendo mais segurança e conveniência aos consumidores e comerciantes.
No entanto, há desafios a serem enfrentados. O parcelamento pode representar um risco maior para os estabelecimentos comerciais, já que eles podem ter que arcar com eventuais inadimplências. Também é preciso garantir a segurança do sistema para evitar fraudes.
Apesar dos desafios, a possibilidade de parcelamento via Pix representa uma oportunidade para inovar e trazer mais competitividade ao mercado financeiro brasileiro. Ainda há muito a ser explorado no universo dos pagamentos instantâneos, e o Pix tem o potencial de se tornar uma ferramenta ainda mais versátil e eficiente para consumidores e empresas.
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