Programa de Demissão Voluntária com 1.500 funcionários será retomado pela Infraero.
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Infraero anuncia redução de quadro de funcionários para 500 após concessão de aeroportos
A Infraero, empresa estatal que atua na administração de aeroportos no Brasil, deve reduzir seu quadro de funcionários de 2 mil para 500 após a conclusão do processo burocrático da sétima rodada de concessões de aeroportos. A informação foi divulgada pelo secretário de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos, Juliano Noman. Segundo ele, o valor para pagar o Programa de Demissão Voluntária (PDV) já foi depositado e a empresa já tem dinheiro em caixa para seguir com o programa.
A sétima rodada incluiu a concessão do aeroporto de Congonhas em 2022, último ano do governo Bolsonaro. Com isso, o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, será o único aeroporto sob administração plena da Infraero após a conclusão do processo, e terá como papel primordial, a partir de então, o estímulo à aviação regional do Brasil.
“A empresa já tem dinheiro em caixa para seguir com o PDV. O planejamento é que dos 2 mil funcionários, sobrem 500 e aí, com 500 funcionários e com o Santos Dumont, a empresa seria totalmente sustentável”, afirmou o secretário.
Programa de Demissão Voluntária chega com reclamação de governantes no Rio
Enquanto a estatal não consegue enxugar sua estrutura, representantes dos governos da cidade e do estado do Rio de Janeiro vão se reunir com o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, para tratar do esvaziamento do aeroporto do Galeão.
O Santos Dumont teve em 2022 uma movimentação de cerca de 10 milhões de passageiros, acima da capacidade total do aeroporto. A concessão do Galeão ocorreu em 2013, no governo Dilma Rousseff, e tem prazo até 2039. A operadora Changi, no entanto, manifestou interesse em devolver o terminal, mas agora aguarda o resultado das negociações entre os governos.
O governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes afirmaram que, se não houver uma solução para a crise envolvendo o Galeão, poderão tomar medidas contra o Santos Dumont.
“Esse tema já foi debatido em demasia. O aeroporto (Santos Dumont) tem que ter sua capacidade limitada a 6 milhões de pessoas. Ponto final. O Galeão é que tem que ser o ‘hub’ do Rio”, disse Paes. “Um não pode canibalizar o outro”, acrescentou.
Castro disse que, se ele e Paes saírem da reunião com o ministério e perceberem que não há vontade de resolver, eles tomarão medidas, mas não querem que a reunião se torne uma faca no pescoço.
Aeroporto de Congonhas é destaque em concessão
A concessão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi um dos destaques da sétima rodada de concessões de aeroportos. Com a privatização do aeroporto, o governo espera arrecadar R$7,6 bilhões em outorgas.
A empresa vencedora da concessão terá que investir R$4,8 bilhões na modernização e operação do aeroporto durante os 30 anos da concessão. Entre as melhorias previstas estão a construção de um novo terminal de passageiros e a modernização dos sistemas de navegação aérea e de segurança.
A concessão de Congonhas deve melhorar a competitividade do setor aéreo brasileiro e garantir maior eficiência na operação do aeroporto, que é um dos mais movimentados do país.
Conclusão
A redução do quadro de funcionários da Infraero é uma medida necessária para tornar a empresa mais sustentável financeiramente. Entretanto, é importante que as demissões sejam feitas de forma responsável e justa, com garantia de indenizações e auxílios aos trabalhadores que optarem pelo PDV.
Com a concessão de Congonhas e a privatização de outros aeroportos renomados do país, é possível que a aviação regional brasileira receba um impulso significativo nas próximas décadas. É importante também que os governantes e empresários do setor aéreo trabalhem juntos para encontrar soluções que garantam a eficiência e o desenvolvimento dos aeroportos do país, como no caso da disputa entre Santos Dumont e Galeão.
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