Cortes do Bolsa Família aumentam risco de calote em empréstimos consignados
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O Bolsa Família, um dos principais programas sociais do país, tem sido alvo de medidas para identificar quais beneficiários estão recebendo indevidamente o benefício. Essas medidas, conhecidas como “pentes-finos”, têm como objetivo identificar possíveis fraudes e corrigir erros nos cadastros desde a implementação do Auxílio Brasil. No entanto, as exclusões têm gerado problemas para algumas famílias que tinham empréstimos consignados em aberto e agora enfrentam o corte do pagamento mensal do benefício.
O governo federal excluiu cerca de 1,4 milhão de beneficiários do Bolsa Família em março, mas muitos desses cortes afetaram pessoas que ainda tinham contrato de empréstimo consignado, com desconto do pagamento em folha. No total, 104 mil pessoas foram cortadas, mas ainda têm contratos em aberto que, agora, ficam sem o recebimento mensal para quitar as parcelas.
A situação se agrava pelo fato de que muitas dessas pessoas têm renda muito baixa, que mal dá para pagar as despesas fixas do mês, como alimentação e moradia, tornando as chances de inadimplência altas. Especialistas explicam que os juros definidos na época da contratação já previam essa situação, mas mesmo assim, o calote dos bancos pode chegar a R$ 200 milhões, caso as pessoas não paguem as parcelas do consignado em dia.
O governo tem sido questionado sobre como ajudar essas famílias que agora enfrentam dificuldades financeiras. No começo do ano, surgiu a notícia de que poderia haver um perdão dessas dívidas, mas a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, afirmou que essa ideia não está sendo considerada, pois o cancelamento da dívida interfere em diversos outros pontos, como os recursos dos bancos e os contratos a serem respeitados.
No entanto, o ministro da Cidadania, Wellington Dias, afirmou que o governo está em busca de soluções para auxiliar essas pessoas. Uma das possibilidades é a implementação do programa Desenrola Brasil, que pode permitir a renegociação das taxas e parcelas do consignado do Auxílio Brasil. Essa iniciativa pode ser lançada em breve, o que trará alívio para as famílias que enfrentam dificuldades financeiras.
É importante que as pessoas que tiveram o pagamento do Bolsa Família cortado e ainda possuem consignado em aberto fiquem atentas aos prazos de pagamento das parcelas, que agora serão enviadas pelos bancos em forma de boleto. É necessário pagar em dia para evitar que o nome fique negativado nos órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa e o SPC.
Em suma, o corte no pagamento do Bolsa Família tem trazido dificuldades para as famílias que ainda tinham empréstimo consignado em aberto. Embora ainda não haja uma solução definitiva para o problema, o governo tem buscado alternativas para auxiliar essas pessoas, como a possibilidade de lançar o programa Desenrola Brasil, que pode permitir a renegociação das parcelas a serem pagas. Enquanto isso, é importantíssimo que as pessoas fiquem atentas aos prazos de pagamento do consignado e evitem a inadimplência que pode gerar ainda mais dificuldades.
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