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Governo exclui registros irregulares do Cadastro Único do Bolsa Família em busca de economia de até R$ 7 bilhões.

O governo federal brasileiro está empenhado em combater as fraudes no programa social Bolsa Família. Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, a exclusão de registros irregulares do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) deve gerar uma economia de R$ 7 bilhões por ano. O objetivo é beneficiar as famílias que realmente precisam do auxílio.

O Bolsa Família é um programa social criado em 2003, durante o governo Lula, que visa transferir renda para famílias pobres e extremamente pobres. Atualmente, o programa atende cerca de 14,7 milhões de pessoas em todo o país. Os valores variam de acordo com a renda familiar e a quantidade de crianças, adolescentes e gestantes na família.

Para participar do Bolsa Família, os interessados precisam se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Este é um sistema que reúne informações sobre as famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza no Brasil. Entre as informações incluídas estão: nome, idade, renda, escolaridade, entre outras.

No entanto, muitas pessoas têm se inscrito de maneira irregular, a fim de receber o auxílio financeiro. Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, 2,5 milhões de famílias possuem algum indício de irregularidade nos dados do Cadastro Único, sendo que 1,4 milhão foram excluídas do Bolsa Família no mês passado. O foco do pente-fino são os beneficiários que se declaram unipessoais, ou seja, afirmam morar sozinhos, mas vivem com mais pessoas na mesma casa. Também serão eliminados da folha de pagamento os lares com renda acima do permitido (R$ 218 por pessoa).

O Cadastro Único passou por uma atualização em março deste ano, e o processo de exclusão de famílias irregulares deve se estender até dezembro. A meta do governo é economizar R$ 7 bilhões por ano com a exclusão dessas famílias irregulares.

De acordo com a ministra Simone Tebet, o pente-fino no Bolsa Família não é uma medida para acabar com o programa social, mas para assegurar que o benefício esteja sendo pago às famílias que realmente precisam. “Estamos revendo o Cadastro Único não para fazer uma economia, mas para ver quem está no cadastro que não tem direito. Especialmente homens solteiros que estão trabalhando, que muitas vezes vão para a informalidade para poder ganhar os R$ 600 [parcela do Bolsa Família]. Podemos ter uma economia de até R$ 7 bilhões”, explicou a ministra.

Além disso, o governo federal está estudando a volta do carro popular no Brasil, com o objetivo de tornar o automóvel mais acessível à população de baixa renda. Segundo o Edital Concursos Brasil, o valor proposto para um carro popular seria de no máximo R$ 50 mil. Essa medida poderia beneficiar as famílias que precisam do Bolsa Família, já que muitas vezes as distâncias entre casa, trabalho e escola são grandes, e o transporte público pode ser escasso.

Em resumo, o pente-fino no Bolsa Família é uma medida importante para garantir que as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza recebam o auxílio financeiro que realmente precisam. Com a exclusão de famílias irregulares do Cadastro Único, o governo espera economizar R$ 7 bilhões por ano. Além disso, a possível volta do carro popular pode ajudar a tornar o transporte mais acessível às famílias de baixa renda, melhorando sua qualidade de vida.

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