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Ministro da Fazenda pretende fazer quem não paga imposto começar a pagar no Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo está elaborando propostas para que quem não paga imposto comece a contribuir para a arrecadação do país. Ele afirmou que muitos setores da economia foram beneficiados demais com incentivos tributários, mas não ofereceram a contrapartida esperada, e que é necessário acabar com uma série de abusos cometidos contra o Estado brasileiro ao longo dos anos.

As propostas serão enviadas ao Congresso Nacional nos próximos meses, começando pelo novo arcabouço fiscal. De acordo com Haddad, as “medidas saneadoras” pretendidas devem economizar entre 100 bilhões e 150 bilhões de reais em 2023. Ele afirmou que os recursos serão utilizados para cobrir o que chamou de “buraco” deixado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva para apresentação das novas regras fiscais do governo federal. Haddad explicou que a ideia é tapar os buracos da arrecadação brasileira e combater o patrimonialismo, que é a apropriação do Estado por grupos ou indivíduos para benefício próprio. Segundo o ministro, os setores que recebem incentivos excessivos serão revistos para que eles paguem a contrapartida esperada pelo Estado.

“A agenda contra o patrimonialismo é fundamental para que possamos colocar a economia brasileira nos trilhos e fazer com que a arrecadação do país seja justa e eficiente. Nós temos que fazer quem não paga imposto pagar”, afirmou Haddad.

O governo vem enfrentando dificuldades financeiras nos últimos anos, principalmente devido à pandemia e a gestão dos governo Bolsonaro. As contas públicas do país se deterioraram e a dívida pública atingiu níveis alarmantes. Diante desse cenário, o governo tem buscado cortar gastos e aumentar a arrecadação, principalmente através de uma reforma tributária que está em discussão no Congresso.

No entanto, a proposta enfrenta resistência de alguns setores da economia que se beneficiam de incentivos tributários e temem que a reforma aumente a carga tributária. Segundo Haddad, é necessário rever esses benefícios para que eles sejam mais justos e eficientes, e para que os setores que se beneficiam do Estado possam contribuir para sua manutenção.

“Nós temos muitos setores que estão demasiadamente favorecidos com regras que foram sendo estabelecidas ao longo das décadas e que não foram revistas por nenhum controle de resultado”, disse o ministro. “Vamos ter que enfrentar a agenda contra o patrimonialismo e acabar com uma série de abusos que foram cometidos contra o Estado brasileiro, contra a base fiscal do Estado brasileiro ao longo dos anos.”

As medidas propostas pelo governo podem ser um primeiro passo para a redução das desigualdades e para uma arrecadação mais justa e eficiente. No entanto, é necessário que as propostas sejam debatidas amplamente com a sociedade e com o Congresso, para que elas possam ser implementadas de forma responsável e sem prejudicar a economia do país.

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