Corte de amendoeiras foi ação “unilateral, truculenta e equivocada”, afirma professor da UESC
Palavras-chaves: árvores, Emerson Lucena, Entrevista, maritacas, Meio Ambiente, periquitos, Prefeitura de Ilhéus
Na manhã de 7 de julho, terça-feira, a Prefeitura de Ilhéus cortou oito amendoeiras do canteiro central da Avenida Soares Lopes.
Se você mora na cidade, provavelmente conhece os desdobramentos da derrubada das árvores, como o voo atordoado de maritacas que perderam seus abrigos e a repercussão do caso, que chegou à programação nacional da TV Globo, antes de aparecer hoje (15) no Instagram da cantora Anitta.
Provocado por setores da sociedade, o Ministério Público do Estado da Bahia agiu rápido para desligar a motosserra da prefeitura, por meio da ação civil pública que denunciou o dano ambiental à Justiça. Acuado, o governo municipal suspendeu a derrubada das árvores.
Nesta quarta-feira o Ilhéus Comércio entrevistou o professor Emerson Lucena, doutor em biologia e docente do Departamento de Ciências Biológicas da UESC desde 1999.
Na entrevista abaixo ele levanta questionamentos sobre a ação da prefeitura, chamando-a de “unilateral, truculenta e equivocada”.
Também afirma que a origem exótica da amendoeira não deve condenar essa espécie a ser expulsa da vida urbana.
Além disso, lembra que as amendoeiras derrubadas, apesar de estranhas à Mata Atlântica, serviam de abrigo para animais desse bioma.
Na perspectiva do professor, o episódio parece ter despertado a população ilheense: “nossa cidade merece um povo que brigue por ela”.
Assista.
2 Comments
Deixe um comentário Cancelar resposta
Newsletter:
Assine e receba nossas notícias no seu e-mail:
Gilmar Bomfim
16 de julho de 2020 at 05:58Professor, vc ja plantou quantas arvores em Ilheus ?
Vc deveria usar essa estrutura politica para dar Aula na modalidade Home Office e justificar seu salario recebido sem atraso e nao prejudicar o Ano Letivo dos Humanos Alunos.
Os Periquitos tem Asas e devem morar nas Florestas do entorno da Mata Atlantica do Oeste da Cidade cheias de frutas e nao ficar cagando nas cabecas das Pessoas que frequentam a orla da cidade e as fiestas populares.
Elnogalitom Magalhães
16 de julho de 2020 at 12:09É estranho ver pessoas defendendo uma ação, sem ao menos procurar saber a importância de uma ave no céu urbano, pegando um pouco do comentário do amigo aí, até respeito sua opinião, mas querer as aves longe da área urbana, e pensar que elas somente fazem sujeiras nas cabeças humanas, saiba que elas te fazem muito bem e na verdade em forma de agradecimento deveria defender elas, ao invés de querer elas longe. Deus certa vez se arrependeu de ter criado o homem, e salvou mais animais que seres humanos porque será? Talvez seja, porque somos ingratos, tanto que ao deixar essa pandemia acontecer, quem se favoreceu foi a natureza com a população ingrata que só detona com o meio ambiente, mas eu gostaria de ver os defensores de políticos quando o aquecimento global estivesse no ápice e precisasse clamar por uma ave em sua cabeça.