Jerbson Moraes defende padrão de qualidade e arquivamento do processo de demolição das cabanas de praia
Palavras-chaves: Cabanas de praia de Ilhéus, Jerbson Moraes, Municipalização das praias de Ilhéus, SPU, Vereador de Ilhéus
Diante da autorização da Secretaria do Patrimônio da União que concede autonomia ao município de Ilhéus sobre as áreas de praias, O VEREADOR Jerbson Moraes, num encontro com representantes dos cabaneiros das praias do sul de Ilhéus, na manhã desta quarta-feira (05), externou seu ponto de vista sobre a necessidade de requalificação das cabanas que ali funcionam como bares e restaurantes. O vereador sugere que as cabanas estejam dentro de um padrão de qualidade que será definido pelo poder público, sociedade e comerciantes, mas que necessariamente não estejam restritos a um único projeto arquitetônico.
Enquanto discutiam sobre a autonomia do município sobre as áreas praianas, Moraes garantiu que vai solicitar o arquivamento do processo que o SPU, através da Justiça Federal, move contra os cabaneiros, tendo, inclusive, determinado as demolições daquelas estruturas. A demolição foi evitada graças a uma liminar concedida a partir de solicitação do vereador Jerbson, que também é advogado. Para ele os empregos e renda gerados a partir desses serviços são inegociáveis e insubstituíveis, e o setor deve ser aprimorado e não dizimado, como pretendia a medida do SPU.
Entre os princípios que devem nortear o gerenciamento das praias o parlamentar acredita que a sustentabilidade ambiental deve ser igualmente inegociável. “Mas não podemos desconhecer que temos nos mais de 80 km de praias de Ilhéus uma verdadeira indústria, da qual devemos cuidar para evitar que seja depredada e que, ao mesmo tempo, atenda as nossas pretensões turísticas. A demolição das cabanas, pura e simplesmente, seria um ato de insensibilidade, desconectado da realidade e da cultura regional”, disse.
A partir de agora, municípios poderão gerir suas praias urbanas por um período de 20 anos, prorrogáveis indefinidamente, explicou Jerbson Moraes, que ainda entende que é preciso buscar recursos para financiar a urbanização daquela orla, a fim de tornar os negócios ali existentes mais atraentes. “Podendo esticar as horas de funcionamento, durante a noite, por exemplo, aumentam as chances de sucesso dos empreendimentos”, comentou o edil.
Para os cabaneiros o anúncio da decisão do SPU que atendeu ao pleito da atual gestão de Ilhéus representa um alívio. Somente nas praias do sul são 50 cabanas – sendo que apenas 3 possuem permissão do órgão federal – estando as demais sob ameaça de demolição. “ Será o início de um novo momento, de uma nova relação onde, com responsabilidade, poderemos conciliar a exploração comercial à preservação deste maravilhoso patrimônio público. Se é de todos, temos de cuidar, e para isso a parceria com a prefeitura, com a câmara de vereadores e com a comunidade é fundamental. Precisamos ter vontade, coragem e consciência”, disse Jorge Fonseca (Saci), presidente da Associação dos Cabaneiros da Praias do Sul.
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