Secretária de Ilhéus afirma que redução salarial de professores evita demissões
Palavras-chaves: APPI (Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus), covid-19, Eliane Oliveira - secretária de educação, Governo Marão, novo coronavírus, salários
A Secretaria de Educação de Ilhéus anunciou que a partir deste mês de maio vai reduzir em cinquenta por cento o salário de aproximadamente 500 professores contratados por tempo determinado. De acordo com a secretária Eliane Oliveira, esses profissionais vão receber metade do piso nacional enquanto as aulas estiverem paradas devido à pandemia do novo coronavírus.
Na última quinta-feira (7), em conversa por telefone com a reportagem do Ilhéus Comércio, Eliane Oliveira argumentou que a redução salarial foi a alternativa que a secretaria encontrou para evitar que os professores com vínculo temporário fossem simplesmente demitidos.
A demissão, segundo a secretária, foi o caminho escolhido por outros municípios baianos. “Nós não. Nós pagamos março e o retroativo dos dias trabalhados em fevereiro”. Além disso, “a folha de pagamento de abril está pronta com o salário integral que será pago nessa semana. Fizemos uma live e um comunicado, mandamos para todas as escolas. Informamos que a gente precisa conversar com todos eles e informamos para eles que, a partir de maio, [o salário] seria 50% [menor]”.
“Mesmo que em maio”, continuou Eliane Oliveira, “eu tenha todo o dinheiro para pagar os contratados também, contratos temporários, se eu não estou dando aula, não posso receber. Não é assim? Porque a pessoa está numa vaga de substituição. Só que nós não fizemos isso. A gente fez o planejamento, porque a pandemia pode demorar e a gente ficar sem aula maio, junho, julho, agosto. Entendeu?”.
Também afirmou ao site que nenhum professor efetivo, supervisor ou orientador teve o salário reduzido.
A APPI, sindicato que representa a categoria, manifestou-se contra a redução salarial. Segundo a entidade, ao invés de acolher os professores num momento difícil, a medida do governo Mário Alexandre é um gesto de “desvalorização” da docência.
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