Coronavírus: o que fizermos agora vai salvar ou matar muita gente

Editorial.

O nome deste site deixa clara a importância que atribuímos ao comércio de Ilhéus. É o setor que mais movimenta a economia da cidade, junto com os serviços. Isso, no entanto, não nos cega para a dura realidade instaurada pelo novo coronavírus. A pandemia cresce em velocidade assombrosa e deixa um rastro de dezenas de milhares de mortos em todo o mundo.

O que devemos fazer diante dessa realidade? Seguir as recomendações dos profissionais de saúde e outras áreas do conhecimento. E essas vozes afirmam que o distanciamento social é a única forma de diminuir a velocidade com que o vírus se alastra. Disso depende a capacidade que o sistema de saúde tem para salvar vidas.

Caso contrário, sem a contenção do espalhamento viral, os hospitais não vão ter condições de dar atendimento efetivo às pessoas atingidas de forma grave pela Covid-19. Isso sem falar nos inúmeros casos de pacientes vítimas de outras enfermidades, acidentes ou violência.

Nesse cenário, acompanhamos com receio manifestações favoráveis ao afrouxamento das medidas contra a pandemia. Por isso, engrossamos o coro do bom senso: o serviço ou comércio que não é essencial deve parar.

Há questionamentos sobre a definição do que é essencial. Nesse ponto também nos posicionamos ao lado dos cientistas que trabalham diretamente no enfrentamento da pandemia.

Para eles, essencial é o serviço ou comércio diretamente ligado ao combate da crise, além daqueles que garantem o abastecimento de mercados, o recolhimento do lixo urbano e o trânsito de pessoas envolvidas na guerra contra o vírus.

Todo esse esforço só será possível se o Estado brasileiro entregar em tempo hábil as medidas econômicas emergenciais para trabalhadores e empresários.

Guardadas as proporções da responsabilidade política de cada um, as atitudes que os cidadãos e governantes tomam agora vão definir quantos de nós estaremos vivos nos próximos meses.